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Para onde Caminha o RH no Futuro ?

O que o futuro reserva para os profissionais que atuam na gestão de pessoas? Quais as perspectivas para daqui a vinte anos?
A resposta, segundo Elaine Saad, Vice-presidente da ABRH Nacional, está em alinhar as ações da área de recursos humanos à estratégia da empresa.

Durante palestra proferida no Fórum de RH Estratégico, promovido pelo IBC (International Business Communications – Informa Group), no mês de maio, Elaine afirmou que “os profissionais de RH sempre se sentiram mais confortáveis em lidar com os setores operacionais da organização e em tratar de assuntos mais tradicionais, como recrutamento e seleção ou treinamento, e não de tópicos ligados à área financeira, por exemplo”.
Mas, segundo ressaltou, essa realidade está mudando. Daqui para frente, o RH vai ter que estar cada vez mais inserido na esfera de decisão e definição da estratégia da empresa, já que é a ele que caberá a tarefa de criar as condições para disseminá-la junto aos colaboradores.

“Anteriormente, as organizações diferenciavam-se pela tecnologia ou capital financeiro que possuíam. Hoje, o foco são as pessoas. Terão sucesso as empresas que conseguirem traduzir a estratégia no comportamento de cada empregado, para que ela possa transformar-se efetivamente em ação. E nesse processo o RH tem um papel fundamental”.

Perfil dos gestores de RH

Essa nova realidade está exigindo uma mudança na postura por parte de quem trabalha na área de recursos humanos.
“Esses profissionais terão que passar por experiências diferentes e mesmo difíceis e ruins, para que possam aprender a atuar de acordo com essa nova perspectiva”, diz Elaine

Nesse sentido, ela cita algumas características a serem desenvolvidas por quem trabalha em RH: manter-se atento à sua inclusão ou não na linha de decisão da empresa, posicionar-se e exprimir mais abertamente suas convicções, estabelecer um plano de carreira para a própria área de recursos humanos, mensurar os resultados das ações de RH e do impacto que provocam na organização, manter um discurso objetivo, prático e eficiente, criar mecanismos para fazer com que a força de trabalho execute a estratégia da empresa e ser mais assertivo. “O pessoal que atua em RH precisa aprender a brigar mais por aquilo em que acredita e a não desistir tão facilmente diante das objeções”, acrescenta. “Se eu não tenho um plano próprio de ação, isso significa que faço parte do plano de outros e, portanto, sou excluído da esfera de decisão”.

De acordo com Elaine, o profissional de RH é o que poderíamos chamar de “líder-coringa”, pois é requisitado por todas as pessoas da empresa e tem informações gerais e muitas vezes privilegiadas, já que ouve confidências e desabafos.
Mas, para ter acesso ao patamar decisório da organização, é preciso que o RH tenha o “pacote completo”: visão, habilidade, incentivo, recursos e plano de ação estruturado.

O futuro

Traçando um panorama do cenário que os profissionais de RH terão que enfrentar daqui a 20 anos, Elaine ressalta que ele será marcado pelo aumento na demanda de gestão de pessoas, pela preocupação com a escassez de talentos e com as formas de retê-los na empresa, por novas abordagens em razão do trabalho modular e remoto resultante das tecnologias de comunicação e pelo aumento da presença e atuação de entidades profissionais e sindicatos.
E caberá à área de recursos humanos formular respostas que atendam a essa nova estrutura.
No que se refere especificamente ao mercado de trabalho em RH, Elaine acredita que, a exemplo do que aconteceu em períodos anteriores, haverá novamente uma “invasão” de profissionais de outros setores de atuação, que migrarão para a área de gestão de pessoas.
Ela aponta ainda para outra alteração, que tem impacto direto na modificação do enfoque das ações de RH, que terão que se tornar cada vez mais estratégicas nas empresas. “Essa área sempre teve uma predominância de mulheres, já que elas têm o perfil de serem conciliadoras e de cuidar das pessoas. Mas isso também está mudando. A presença masculina vem se intensificando no setor e os homens estão trazendo mais racionalidade e menos emoção. Esse é mais um dos aspectos de reestruturação pelos quais a área de RH está passando, até que chegue a novos pontos de equilíbrio”.

Os 4 Cs

Elaine ressalta que os profissionais que querem trabalhar em recursos humanos precisam ter características associadas aos 4 Cs: competência, cuidado com as pessoas, curiosidade e coragem.
“Os futuros líderes de RH serão chamados a ser arquitetos e facilitadores do capital humano das empresas. E para isso precisarão de energia e talento”.

Fonte : RH Portal

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