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Falta de mão de obra qualificada leva empresas a investir em treinamento

A dificuldade de se encontrar mão de obra qualificada tem afetado muitas empresas no Brasil. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 90% dos novos empregos gerados no País exigem ensino médio completo. No entanto, 40% dos trabalhadores não completaram o ensino fundamental e 16% são analfabetos funcionais, ou seja, embora saibam ler, não conseguem interpretar um texto ou fazer operações matemáticas básicas.

“O que influi diretamente na qualidade do profissional é o sistema educacional que, embora tenha melhorado no que concerne à universalização do ensino, ainda precisa investir na qualidade”, afirma Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai e diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Esses números afetam diretamente as empresas, que encontram dificuldades em crescer e aumentar a produção. O trabalhador mal-qualificado leva mais tempo para desempenhar as tarefas e, portanto, mais tempo para produzir. O produto fica mais caro e o Brasil acaba perdendo. Lucchesi aponta que a saída para as empresas é investir em capacitação, treinamento e requalificação do quadro de funcionários.

O objetivo do Programa Formação Profissional é preparar os jovens para o primeiro emprego em atividades que sejam operacionais ou administrativas, por meio das qualificações profissionais técnicas e da experiência prática nas áreas da empresa. No período de três a cinco meses, os jovens estudam em tempo integral em instituições parceiras, como o Senai, e, em seguida, adquirem experiência profissional de nove a 12 meses em uma das áreas da Vale.

O diretor do Senai também destaca que a discrepância entre o Brasil e os demais países desenvolvidos, que combinam a educação regular com a profissional, é outro impeditivo para a qualificação da mão de obra:

“Enquanto aqui no Brasil apenas 6% dos jovens de 15 a 19 anos se dedicam à educação profissional e à básica simultaneamente, na Alemanha, por exemplo, o percentual é de 53%”, completa Rafael Lucchesi.

 

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