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Velho para o Mercado. Novo para a Aposentadoria. A Cruel Saga de quem busca Emprego após os 50 anos

Apesar dos inúmeros relatos sobre a dificuldade de profissionais qualificados e experientes, para se recolocarem no mercado de trabalho, alguns nos tocam com mais intensidade do que outros.

Foi o que ocorreu recentemente, quando acompanhei o desabafo de um profissional direcionado aos integrantes de determinado grupo na rede social. É triste demais notar esse forte preconceito que ainda permeia a gestão das empresas no Brasil.

Uma especialista que reside na Inglaterra há algum tempo, reforçou que na grande maioria do mercado europeu o preconceito com a idade é raro, quase que inexistente. Tanto que, classificada no grupo de ‘profissionais velhos’, ainda que esteja longe de completar meia década de vida, ela pretende retornar ao mercado de trabalho. De toda forma, milhares de profissionais maduros estão na busca por recolocação muito mais por força das circunstâncias do que por opção.

Veja aqui algumas de suas colocações sobre o cenário e suas barreiras.

1 ) Quais os principais fatores para esta drástica mudança nos requisitos para uma contratação?

A relação empregatícia vivenciada até o final do anos 2000 está mudando, e muito rapidamente, impulsionada pela nova forma de fazer negócios, novas tecnologias, e influenciada também pela chegada da geração milênio. Para este grupo, pouco importa a estabilidade – o que vale são os desafios que se apresentam e como vão “curtir” e contribuir para execução.

2) O que é valorizado por profissionais acima dos 50 anos?

As pessoas da geração X , ‘os cinquentões’ se criaram num outro modelo de relação laboral, no qual a fidelidade, a importância do tempo de emprego na empresa, a segurança, estabilidade e etc, estavam acima de tudo. 

Acontece que agora vivem num dilema e sentem dificuldades, pois o que se apresenta são oportunidades de trabalhos sem aquela relação empregatícia tradicional. Projetos por prazos determinados com início, meio e fim ou mesmo consultorias com esta mesma característica e com pagamentos definidos com base nas entregas.

Aqui começa uma certa frustração para este profissional que não esta acostumado a esta nova relação.

3) Qual seria a nova realidade de mercado para profissionais acima dos 50 anos?

Certamente, se apresenta num novo e desafiador cenário, onde aqueles que se adaptarem mais rápido terão mais oportunidade de trabalho (não emprego), de ter uma boa remuneração para dar conta dos seus compromissos financeiros e que agora aumentaram, uma vez que não tem mais aqueles benefícios fornecidos pelas empresas, além, é claro de encontrar felicidade no trabalho.

Em resumo, novos tempos e mudanças de atitudes, comportamentos são necessários para entender e se adaptar a nova ordem. E isso é válido para todas as gerações. As mudanças só começaram e há com certeza muita coisa por vir, basta olhar para posições de trabalho que deixaram de existir, outras que foram substituídas por robôs e assim por diante. É preciso estar preparado para surfar nesta onda.

Se a idade mínima para se aposentar é 65 anos e aos 50 as opções de emprego (com carteira assinada) estão minguando, qual seria a solução?

Não tenho resposta à esta pergunta, mas especialistas afirmam que certas atitudes contribuem para gerenciar o período de desemprego de maneira saudável:

  • Procure sempre se reciclar e aprender novas habilidades.
  • Definitivamente, perca o medo de lidar com a tecnologia.
  • Invista muito tempo para nutrir seu networking.
  • Preencha o tempo livre com atividades motivadoras, como, por exemplo, atuar como voluntario.
  • Busque trabalho remunerado e não somente emprego, seja como freelancer, consultor, ou assessor.
  • Esteja aberto ao novo.
  • Jamais desista.

Acredito que as oportunidades existem. O desafio maior é encontrar a empresa ou o negócio que esteja buscando exatamente a sua experiência e o seu conhecimento.

 

Fonte : LinkedIn

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