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6 Dificuldades que só as Mulheres têm ao fazer Networking

A mulher brasileira é uma das que menos faz networking, segundo pesquisa do GEM (Global Entrepreneurship Monitor).
Seja no mundo corporativo ou empreendedor, a maior participação feminina em eventos de networking ainda é um dos desafios para diminuir as barreiras profissionais entre os gêneros no mercado de trabalho.

EXAME.com perguntou a duas especialistas – que também são mulheres de sucesso na carreira – que listassem algumas razões por que as executivas deixam o networking de lado e não o usam como estratégia de negócios:

1 É constrangedor ser minoria

Basta começar a ampliar a rede de contatos e frequentar eventos e happy hours para notar: elas são minoria, sempre.

“Outro dia, eu tive uma reunião e quando cheguei, percebi que eu era a única mulher no restaurante. Falei isso na mesa e os homens disseram que nem haviam notado”, conta Deb Xavier, fundadora do Jogo de Damas, plataforma em que um dos objetivos é fomentar o networking entre as mulheres.

“Mas se fosse um lugar com apenas mulheres, os homens também se sentiriam estranhos. Eles não notam porque não é no calcanhar deles”, diz Deb. Ela lembra também que o networking mais estratégico acaba acontecendo em níveis mais altos onde há percentual menor de mulheres.

“Faço parte de um grupo ligado à Fundação Getúlio Vargas, e o ambiente é de homens”, diz Helena Ribeiro, fundadora do Grupo Empreza.

Vencer o constrangimento de ser minoria não é fácil, mas pode ser extremamente benéfico, segundo ela. “Deu-me mais segurança para enfrentar outros ambientes”, diz Helena.

2 As regras do jogo ainda são masculinas

Em entrevista a EXAME.com, a executiva Ana Paula Bógus, presidente da Kimberly Clark no Chile contou ter sido barrada ao pedir para participar de um grupo de networking de CEOs de empresas. O motivo? Nas reuniões, com direito a vinho e charuto, só entram homens.

“A regras do jogo são masculinas, os homens têm o mando de campo, a torcida é masculina, e as mulheres têm que praticar um esporte que não leva em conta as suas particularidades”, diz Deb Xavier.

“O principal obstáculo é a cultura que estabelece que existem coisas para menino e coisas para menina e que se estende até a vida adulta”, diz Helena Ribeiro.

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