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Indústria foi o Setor que mais demitiu Trabalhadores em 2015

Em 2015, país fechou 1,54 milhão de vagas formais, pior taxa em 24 anos. Números do emprego formal foram divulgados pelo Ministério do Trabalho.

De acordo com Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira (21), a indústria de transformação foi o setor que mais demitiu trabalhadores com carteira assinada no ano passado, com 608 mil demissões, seguida pela construção civil (-416 mil vagas).

No setor de serviços, o saldo foi de 276 mil demissões em 2015, seguido pelo comércio, com 218 mil vagas fechadas no período. A indústria extrativa mineral registrou 14 mil demissões no ano passado. A administração pública demitiu 9,23 mil.

A agricultura foi o único setor com saldo positivo de criação de vagas. Em 2015, o setor contratou 9,8 mil pessoas.

Pior resultado em 24 anos

As demissões superaram as contratações em 1,54 milhão de vagas formais em todo ano passado, informou o Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (21) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em 2014, foram criados cerca de 420 mil empregos com carteira assinada.

O resultado de 2015 é o pior para um ano da série histórica do Ministério do Trabalho, que tem início em 2002, considerando ajustes. Na série sem ajustes, é o pior desempenho desde 1992, quando teve início a contabilização dos empregos formais pelo governo. Com isso, trata-se do pior resultado em 24 anos.

O fechamento de vagas aconteceu em meio à forte queda do nível de atividade da economia, com a economia em recessão e disparada da inflação – que ficou em 10,67% em 2015, o maior patamar em 13 anos. No último ano, também houve aumento de vários tributos por parte do governo.

‘Ano difícil’
“2015 foi um ano difícil. Não é um resultado bom. Tivemos redução de empregos e da média de salários de admissão, mas as conquistas dos últimos anos estão preservadas, pois o estoque de empregos continua alto. Queremos recuperar a geração de empregos”, declarou o ministro do Trabalho e da Previdência, Miguel Rossetto.

Ele não quis fazer uma previsão para o número de empregos formais neste ano. Disse apenas que deve haver uma melhora frente a 2015.

Segundo o ministro, um “conjunto de iniciativas” está sendo debatido para recuperação da economia. Entre elas, citou investimentos em infraestrutura a partir das concessões e ações do Ministério da Fazenda para melhorar a oferta de crédito no Brasil, além do patamar do câmbio – dólar alto torna as exportações mais baratas e as compras do exterior mais caras.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff afirmou que, atualmente, todo o esforço do governo federal está voltado para impedir que o desemprego se eleve ainda mais. “Todo esforço do governo […] é para impedir que, no Brasil, nós tenhamos um nível de desemprego elevado. Para mim, é a grande preocupação, é o que nós olhamos todos os dias. É aquilo que mais me preocupa e aquilo que requer mais atenção do governo”, disse.

Estoque total de empregos
Com o corte de vagas em 2015, o estoque (número total de empregos formais existentes) fechou o ano passado em 39,663 milhões de pessoas. Com isso, houve queda frente ao patamar registrado no final de 2014 (41,2 milhões de pessoas com carteira assinada). Também ficou abaixo do patamar do fim de 2013 (40,78 milhões de empregos formais) e de 2012 (39,646 milhõões).

 

Fonte : G1

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